Expedição Aparados da SerraAparados da Serra

Dia de embarcarmos em direção a Porto Alegre. Chegada no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e translado para Cambará do Sul, em um percurso de aproximadamente 3h de viagem. Faremos um briefing de nosso roteiro e após saíremos para visita ao Kridjijimbé, uma fiel réplica do complexo de cânions dos Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral, a qual espelha a realidade dos cânions com a formação geológica e seus rios. Esta obra de arte foi construída pelo Artista Plástico Marlon Silva, através da técnica chamada por ele “bioarte”, técnica que utiliza materiais como cascas de árvores, pequenas pedras e musgos. A noite, jantar (não incluso) e pernoite na pousada.

Café da manhã com direito a vivenciar um pouco da lida campeira da fazenda e o delicioso "camargo", onde o peão tira o leite da vaca direto na caneca que já está servido com um café bem quente, forte e doce, deixando o café espumado com um sabor “para lá de especial”! Saíremos às 08h dando início a uma caminhada mais longa neste dia, o percurso a ser percorrido totaliza 18km num cenário com paisagens espetaculares!... "Cortando" as Matas de Araucárias, a caminhada segue pelo Planalto, neste ponto sempre coberto por campos limpos e com numerosas nascentes de rios cristalinos até chegar nos Cânions das Tigras, para sentir a energia deste local inóspito e praticamente intocado dos Aparados da Serra! Após, a caminhada continua passando por campos e vales até chegar na divisa dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, local marcado por uma Taipa Centenária, a qual remete à imaginação de quanto antigo é esse “passo”, que era ponto de encontro de tropeiros e índios, estes que foram os primeiros habitantes e verdadeiros nativos da Serra. O próximo ponto a ser visitado é o Cânion da Cruzinha, outro belo cânion da região, onde acontece uma parada estratégica para o momento de saborear o lanche de trilha. Após, seguindo a caminhada contornando a borda dos "peraus", o próximo destino a ser conhecido é Pico do Cânion do Monte Negro, a 1.403m de altitude acima do nível do mar, sendo o ponto mais alto do Rio Grande do Sul e considerados um dos locais frios do país. É um local que transborda muita beleza e vida, deixando o visitante muito impressionado com este local espetacular! É o momento de observar os cânions e seus paredões gigantes, onde se avista os riscos horizontais nas rochas que sinalizam geologicamente que a lava foi subindo e resfriando por diversas vezes, originando o Planalto Sul Brasileiro, formado a partir de sucessivos derrames basálticos na região, com intensas atividades vulcânicas ocorridas a milhões de anos. A vegetação rupestre que se avista no interior dos Cânions também se destaca e se adensa da borda superior, nas suas encostas, até o fundo do Cânion, onde sutilmente dá lugar à Mata Atlântica. Contornando o Cânion Monte Negro, a caminhada segue até chegar na Pousada Aparados da Serra, na Fazenda do Seu Mário, para novamente jantar e pernoitar neste local encantador. Após o jantar, é o momento de recarregar as energias pernoitando confortavelmente, após um dia tão especial.

Café da manhã e check-out na Pousada Aparados. Às 08h iniciaremos mais um dia de Expedição, em um percurso de 16km, num cenário encantador! Dando continuidade a caminhada pela face sul do majestoso Cânion Monte Negro, o próximo cânion a ser visitado é o Cânion da Coxilha, um belo cânion em meio a campos nativos e matas de araucárias. Com mais um pouco de caminhada permeando sempre campos, matas e morros, descortina-se uma linda vista privilegiada do Morro da Catedral, que é mais uma intrigante formação rochosa desta belíssima região. Parada para refeição para saborear um delicioso lanche de trilha. Após, a caminhada segue contornando a borda do Cânion da Boa Vista, onde o cenário é impressionante, pois caminhando pelo alto dos morros pode-se avistar turfeiras gigantes, que é outra espécie de flora característica da região e muito encontrada nos locais preservados. Na sequência, já finalizando o dia, faremos o check-in na pousada Pontão Toca da Onça e desfrutaremos de um jantar típico campeiro. Após o jantar, é hora de pernoitar e recarregar as energias.

Café da manhã e às 08h iremos iniciar com a supreendente vista do Cânion do Pontão, onde seguiremos com uma caminhada em meio a campos de altitude. Seguindo, chegaremos na Pedra do Urso, que com sua formação única se torna um espetáculo à parte. Nosso próximo destino é o Cânion do Realengo, onde havendo uma ótima visibilidade, é possível observar o oceano atlântico, a faixa litoral e as cidades próximas da encosta dos cânion. Para finalizar, visitaremos a ponta norte do Cânion Amola Faca conhecido como Cânion da Encerra, onde as ondulações suaves dão lugar à paredões verticais de rochas basálticas numa altitude média de 1.300m. Retornaremos a pousada e jantar. 

Café da manhã e check-out na Pousada Pontão Toca da Onça. Neste dia, a caminhada segue costeando os dóis vértices do Cânion Amola Faca. No caminho, o relevo é acentuado com montanhas e vales intercalando coxilhas suaves e profundas que recortam a borda desse imenso planalto. Faremos uma parada para um bom banho de rio no Arroio Rocinha, um local de água corrente e pequenas cachoeiras. Seguindo, passaremos por campos de altitude dos Aparados da Serra até chegar no Cânion da Rocinha, onde é feito todo o contorno de sua borda acompanhado de uma belíssima mata nebular. Durante nosso percurso também visitaremos o Pontão do Encerra, Pontão da Rocinha e a Cachoeira do Escorpião. Finalizando o dia, será montado acampamento para descansar e recarregar as energias para o próximo dia de trekking. Com o acampamento já pronto, é hora de descansar e jantar um “yakissoba serrano” composto por legumes e verduras com um toque especial “à la campos de altitude”. Para complementar esse diferenciado prato, uma deliciosa sobremesa: crepe-susete flambado a 
conhaque recheado com uma deliciosa geleia de laranja produzida na região. Após uma boa “prosa”, regado à um bom vinho em volta da fogueira. Pernoite no acampamento.

Café da manhã e desmontagem do acampamento. E, chegando no último dia da Expedição. Seguindo o caminho pelas ruínas de Taipas Centenárias, que são antigas sinalizações feitas de pedras no início da descida de tropeiros da Serra Velha, uma estrada que ligava a Serra do Rio Grande do Sul à cidade de Timbé do Sul, já em Santa Catarina, onde havia um grande movimento de tropeiros. Foi assim que estes viajantes foram colonizando toda a região, o que chamamos hoje de identidade cultural do Povo Serrano do Sul do Brasil. Parada para refeição para saborear um delicioso lanche de trilha. Dando continuidade ao percurso, no horizonte ao leste, uma linda vista dos Morros dos Três Irmãos e na sequência, a borda superior do Cânion da Serra Velha que proporciona um visual incrível, sendo um cânion gigante, chegando ao “ponto e vírgula" da Expedição, na descida da Serra da Rocinha, finalizando esta grandiosa "empreita". Deslocamento de carro até a cidade de Cambará do Sul, em estrada de terra em aproximadamente 2h. Check-in na pousada. Jantar livre e pernoite.

Após o café da manhã, transfer de retorno de Cambará do Sul à Porto Alegre para o Aeroporto Salgado Filho, em viagem de aproximadamente 3h, num percurso de 200km.